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segunda-feira, 9 de julho de 2007

À amiga

Eu sei que chamar uma amiga mulher de amiga, assim, como vocativo, soa meio aviadado, mas é por que não posso dizer quem você é. Nem preciso. Não compete a ninguém. Só a você e a mim. Pois bem. Como as pessoas mudam de posição na nossa vida. Ontem você estava na minha cama. Semana passada estávamos choramingando amores findos, esses tipos de coisa, um para o outro. Há alguns meses, nem nos conhecíamos. Hoje, um dia depois da cama, falamos novamente sobre corações partidos e mágoas passadas, e prováveis mágoas futuras.

Você é minha amiga. Daquelas pra quem a gente não tem vergonha de chorar, de mandar se foder por que falou a verdade na nossa cara. Daquelas que você confia tanto que não tem vergonha de dizer de repente “ei, sabia que eu quero você? É, parei pra pensar nisso”, e ela responde que também quer. Mas tudo isso sem cobranças, sem chateação e sem culpas idiotas e hipócritas. Do meu lado na cama você não era minha amiga, nem era mulher. Era minha amiga mulher. Era os dois. E não era nenhum.

Foi ótimo, por que você, quando me tem como homem, me trata como o amigo, que você gosta, confia e respeita. Você transfere para o homem, as qualidades do amigo. Como se eu fosse isso de verdade. Não sou, mas você acha que eu sou, tanto e com tanta força, que quase me convence quando me diz que eu sou interessante, legal ou sensível. Até sou isso tudo, mas como amigo. Como homem, nem sempre. Mas você, idiota, não vê isso. Você, idiota, achou que do seu lado na cama estava o amigo, e não o homem. E me vi na obrgiação de absorver do amigo-eu, as qualidades que você esperava encontrar no homem-eu.

Idiota. Você é tão idiota que pensou que eu não queria só ir pra cama com você. E acha até hoje. Tão idiota que achou que eu ia te tratar como mulher, como eu tratava como amiga. E eu, idiota, não queria mesmo só ir pra cama, e, ainda idiota, te tratei como mulher, da mesma maneira que tratava como amiga. É isso, amiga. Adoro você, nem precisava dizer isso. Mas sabe o que eu mais adoro em você? É que você me faz desejar que todas as mulheres do mundo sejam idiotas como você. E, mesmo que não seja comigo, continue idiota pra sempre. E minha amiga mais pra sempre ainda. E sempre que quiser ou precisar, minha cama vai estar a disposição, e você não vai ter nela o homem, e sim o amigo. O problema depois é que o homem e o amigo têm o mesmo cheiro, e ele teima em não deixar as roupas das pessoas tão cedo....

4 comentários:

Anônimo disse...

Chupa essa manga aí, em!!

Boa Léo, quero ser sempre o amigo amante!!Essa vc não pensou , pensou?

Abraços meu nobre...

Anônimo disse...

Você já sabe o que eu vou dizer !
Tststststst..
Isso é um absurdo !! =O/
Ela nem deve ser sua amiga de verdade, com certeza não !

Amiga sou eu, tá?
Te aturo no msn o dia todo !
É duro aturar você !
¬¬'

E fã número 1? Apoooooosto 50 Talentos de Castanha com você que ela não é !

Francamente Leonardo Alcoforado..
Tenta rever seus conceitos sobre amizade !


Huhauahauhauahauahuahauahuahuah..
Legalzinho o texto!

Beijos pro Escritor!
=)

Anônimo disse...

Respeito muito! Gosto e confio. Sinceramente, não dá pra separar o homem do amigo. Vou te chamar de ridículo, falar a verdade na sua cara, dizer que “eu também quero você”, mesmo estando ali na sua cama, olhando bem fundo nos seus olhos. Sempre! Sem cobranças e as tais culpas idiotas. Você é um só, não adianta! O amigo-homem-legal-interessante-sensível-inteligente e estava ali, bem do meu lado.
E eu? Fui eu. Apenas eu. Sua amiga idiota pra sempre!

O texto não podia ter sido melhor, assim como você e eu.
Te adoro!

Anônimo disse...

Pelo menos, dessa vez, eu nao fiquei com cara de agua de salsicha e nem vai rolar crise. Afinal agora eu sou boazinha e equilibrada hahahahahaha. Nao esperar, sempre eh melhor.
Belo texto. Parabens.