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sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Todas as cartas de amor são ridículas.... menos as minhas, claro.

Bom, chega de texto, poema, etc. Vou escrever uma carta hoje. Claro que é pra ela, pra quem mais seria? Ora bolas.... bom, vamos lá.

Bia,

Eu arrisco dizer que estamos no nosso melhor momento. Sendo pessimista quanto às nossas "afinidades", eu diria menos pior, mas sou um sujeito otimista, que espera e pensa sempre o melhor!, então lanço sem medo de ser feliz: estamos no nosso melhor momento. Agora a parte chata: melhor pra quem? Pra mim, sem dúvida. Mas pra mim, esse melhor podia ser beeeem melhor. Pra você? Acho que, no momento, esse melhor é o auge pra você. Eu quero mais. Você não. Então, no momento, é o melhor pra você, mas pra mim, podia ser melhor. (Confuso? Então tenta entender a cabeça dessa magricela pra ver o que é bom pra tosse...)
Não vou mentir que tá ótimo do jeito que tá. Bom demais da conta! Maaaaaaas, como diria alguma bandinha que eu não lembro o nome agora, "eu quero sempre mais". Mentira, sempre mais não. Só mais do que já tá. Meu pensamento é o seguinte: se já tá bom, imagina se melhorar. Vai ficar perfeito. Eu não quero só uma namorada só pra botar no orkut e ou falar na rádio que não ligo pra mulherada que tem lá por que tenho namorada. Quero alguém pra reclamar enquanto eu jogo videogame, quero alguém pra me encher por causa de um maldito ovomaltine, quero alguém que, mais do que sentir saudade, diga o tempo todo que sente saudade, por que, como disse o poeta, se em um minuto não me dizes, "penso logo que deixaste de me amar". Quero alguém pra ver filme abraçado, pra me ligar de madrugada só pra dar um beijinho de boa noite. Quero alguém que brigue muito comigo, mas que se derreta no primeiro abraço mais "arrochado" ou num beijo mais ousado. Alguém que me mande repetir dez vezes quando eu digo "eu te amo", ou "senti muito a sua falta". Quero alguém que perca a cabeça quando está comigo, e que me faça perder a minha, já há muito perdida.
Enfim, Bia, eu quero você. Só você. Não serve mais ninguém. Ninguém. Nem a Maryeva. Nem ela. Só você. É com você que eu quero começar o ano namorando, e se der, ainda terminar esse. Tá ótimo do jeito que tá, mas pode ficar bem melhor. Eu quero ser só seu, e quero você só pra mim. Já fiz concessões, promessas, enfim, muito mais do que jamais imaginei fazer por uma mulher. Sabe por que? Por que quando eu estou com você, eu sou um sujeito muito melhor do que já imaginei que um dia eu pudesse ser. E eu quero continuar assim.

p.s.: Leiam esse post ouvindo "Gatas extraordinárias", do Caetano, cantado pela Cássia Eller.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

make it happen, and i make it worth

Eu tava melhorando. Juro, tava mesmo. Já tava quase começando a te esquecer. Quase. Mas de noite, eu ainda sentia sua mão no meu cabelo. Aindasentia seu beijo no meu pescoço. Ainda via seu sorriso lindo e contrangido por que eu tinha acabado de me declarar pr você. Apesar disso tudo, eu já estava resignado. Não adiantava dar soco em ponta de faca. Ficar tentando deitar joão bobo no sopro. Não adiantava.
Mas eu era idiota, e tinha insistido até a última gota. E me dei muito mal. Ninguém acreditava na gente. Ninguém. Suas amigas, meus amigos, seus amigos, minhas amigas, nem os meteorologistas, os sinais de fumaça ou o tarot, nem seus pais, seu irmão, meu irmão, meu passarinho, seu cachorro, nem as mensagens de celular, os scraps nem os e-mails, nem as pessoas na rua, as pessoas em casa, nem meu corpo, nem seu corpo, ninguém. Nem você. Nem você acreditava na gente. Você queria, mas não acreditava. Nunca acreditou. Até a última terça feira.
Na terça nós nos vimos, voltamos às boas, e, pela primeira vez desde que te conheço, vi você acreditar na gente. Vi você acreditar que a gente podia ir mais longe do que o cinema do shopping. Você agiu diferente, me beijou diferente, me abraçou diferente. E é isso que importa. Fodam-se nossos amigos, nossos pais, nossos bichos, as bichas cartomantes, os e-mails, foda-se todo mundo que não acredita. Por que agora, você acredita. Pela primeira vez, você acredita. A gente pde até não dar certo de novo e de novo, mas pelo menos dessa vez você acreditou. E quis acreditar. Ano novo, vida nova. Posso te garantir que você não vai se arrepender de acreditar em algo que eu nunca deixei de acreditar. Nunca. em momento nenhum. Nem vou deixar. Usando a frase que eu falei ontem, e que você falou que já usaram, mas ainda assim é muito legal, "make it happen, and i make it worth". Pode ter certeza disso. Eu vou fazer valer a pena cada segundo. Cada um deles. E cada dia vai ser melhor do que foi terça. Muito melhor. É isso. beijos. p.s.: Não deixa de acreditar não, por que eu nunca deixei. E, pela primeira vez falo isso aqui nesse blogue, parafraseando Butch Cassidy, na Família dó ré Mi, eu acho que amo você...

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Lá vem o cão arrependido...

Já falei isso aqui: sou um covarde. De verdade. E isso vai justificar tudo o que eu vou dizer agora. Eu preferia que não tivesse acontecido. De verdade. O idiota que falou que é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado, não sabe o tamanho da besteira que falou. Ainda mais pra gente que nem eu, idiota, que não sabe cortar laços e fica sempre com pontas soltas. Gente que nem eu, que deposita todas as fichas ao primeiro sinal desse sentimento, embora, como disse Gibran, “espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos; e quando ele vos falar, acreditai nele, embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim”. E foi o que aconteceu. A espada não só feriu, decepou.
Um sentimento que não me deixou em paz durante muito tempo, mas que agora tenho que me livrar dele o quanto antes. De preferência, antes do almoço, por que não agüento mais. Isso que dá, se eu fosse normal não tinha disso, todo escritor é assim, meio aviadado, meio atormentado, vivendo tudo como se fosse morrer antes do fim de semana. Mas nem todo mundo faz – ou entende – isso. Já pensei diferente disso, mas hoje em dia, eu abriria mão de todas as lembranças boas, só pra acordar amanhã e não ter as lembranças ruim, nem esse gosto amargo de nocaute na boca.
Eu devia ter dado ouvidos ao resto do mundo, inclusive à ela, e ter desistido. Mas não, mania de Dom Quixote, bater em moinhos achando que tá fazendo grande coisa. Mania idiota de tentar sempre até o final. Perder assim dói muito mais do que perder por pontos. E dói por muito mais tempo. Mas uma hora eu aprendo. Pelo menos eu espero. Bom, é isso. Esse é o último texto desse blogue. Vou fechar ele. E não vai ter mais blogue. Nem teimosia, nem esse papo de “morrer lutando”. Nada disso. Vou ser um cara normal agora, que não liga no dia seguinte, não manda flores, não lembra de aniversário, não escreve cartas, mas também não chora, não fica como eu to agora, não sofre tanto, e consegue esquecer rápido. É uma troca justa. That´s all, folks.”

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

The End

Bom, acabou. O bom e velho Billy Shears mau humorado, chato, preconceituoso e agocênctrico vai voltar. Acabou, é isso mesmo. Olds habits die hard.